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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Órgãos de trânsito não fiscalizam estrada no Amazonas - Rio Preto da Eva.

Apesar da Companhia de Trânsito (Ciatran) e do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran/AM) informarem existir fiscalização no grande volume de tráfego que ocorre a cada domingo no município de Rio Preto da Eva – localizado a 80 quilômetros de Manaus -, não foi verificada a presença de agentes dos dois órgãos nem no município, nem ao longo da rodovia AM-010 (Manaus-Itacoatiara), nos horários de maior fluxo de veículos, a partir das 9h e após às 16h.
Segundo o secretário municipal de Turismo do Rio Preto da Eva, Marcos Souza, uma fiscalização aumentaria muito os transtornos na saída e entrada do município, dado o grande número de veículos que trafegam pela área.
“Mas blitze são necessárias para inibir as infrações.”
No último domingo (7), uma equipe de A CRÍTICA constatou a invasão de pessoas em carros e ônibus ocorrida no município que recebeu, segundo cálculos da Secretaria Municipal de Turismo, mais de 6 mil pessoas, que chegaram em 300 veículos e 120 ônibus, em busca dos balneários da cidade.
Tanto na ida, quanto na volta, foram observadas manobras arriscadas e proibidas, como ultrapassagens em locais de extremo risco.
Durante todo o dia, as pessoas ingerem bebidas alcoólicas e muitas acabam dirigindo os carros na volta para casa, mesmo sob efeito de álcool, reconhece o agente de trânsito do Detran no município, Alfredo Maciel, 58.
O município registrou, de janeiro a agosto deste ano, cinco acidentes de carro com três óbitos, mas os que aconteceram ao longo da rodovia, onde o desrespeito às normas é uma constante, não chegam ao município, informou o agente.
O secretário Marcos Souza diz estar preocupado com a realização Festa da Laranja em Rio Preto da Eva e do Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani), marcados para a primeira semana de setembro, emendando com o feriado da Semana da Pátria.
Essas festas vão aumentar o tráfego na rodovia AM-010, o que vai exigir a intensificação da fiscalização de trânsito, principalmente com o uso do bafômetro, disse o secretário, para solicitar uma atenção maior do Detran nesse aspecto.
 “O risco de ocorrerem acidentes é grande dada a quantidade de motoristas que insistem em dirigir embriagados”, disse.
A diretora-presidente do órgão, Mônica Melo, disse, em reportagem publicada nesta terça-feira (9), em A CRÍTICA, que a fiscalização é feita por amostragem, pois não há como alcançar os 100%.
Segundo ela, está prevista a construção de postos fixos de fiscalização ao longo das rodovias, mas a ideia está ainda em projeto.
Nesta terça-feira, ela foi novamente procurada, mas não atendeu ao telefone 9116-17XX.
Movimentação
Um total de 750 veículos foram recebidos pelo município no último mês de julho e com a realização de festas denominadas ‘esquenta’, em preparação à Festa da Laranja, a partir do próximo domingo (13), esse número vai aumentar.
Rio Preto da Eva se prepara, ainda, para receber obras visando preparar a cidade para receber uma seleção da Copa do Mundo de 2014.  

Fonte:  jornal A CRÍTICA

 

Diversão e banho de rio atraem em torno de 6 mil a Rio Preto da Eva

Com a chegada do período de sol, a invasão de manauenses ao município do Rio Preto da Eva - a 80 quilômetros de Manaus - é um fenômeno que a cada final de semana tem levado em torno de 6 mil pessoas ao lugar.
Mas essa frequência tem sido a causa de mortes e acidentes por afogamentos que vêm preocupando as autoridades locais.
Na semana passada, ocorreram três mortes, enquanto o número de pessoas que sofreram afogamento e foram salvas chegou a 30 no mesmo período.
“Mesmo mantendo aos domingos uma equipe de 15 salva-vidas e ainda utilizando sistema de som para alertar sobre situações perigosas, as pessoas precisam colaborar”, afirmou o secretário municipal de Turismo do Rio Preto, Marcos Souza, 41.
É preciso contar com o cuidado e a atenção de todos, alertou ele, ao explicar que o rapaz acidentado estava embriagado e foi alertado várias vezes tanto ele quanto seus familiares dos riscos de um acidente pelos seguranças, pois há trechos mais fundos do rio que tem correnteza.
As outras duas pessoas se acidentaram durante a semana, quando não há o serviço de socorro dada a baixa frequência no local.
Afogamentos
O cenário da cidade começa a mudar a partir das 8h de domingo, com a chegada dos visitantes.
Eles chegam em ônibus alugados e carros.
“Nós alugamos um ônibus e viemos de turma”, contou a dona de casa Ivanilde de Oliveira, 47, moradora do bairro da Compensa, Zona Leste, de Manaus, que estava no Rio Preto com toda a família de mais de seis pessoas.
Pelas contas da Prefeitura, são mais de 50 ônibus e em torno de 120 carros que ocupam espaços pré-determinados para estacionamento.
A recepção é feita com música ao vivo e há incentivo aos chamados “farofeiros” para que consumam alimentos e bebidas comercializados nas 30 barracas locais, cujos proprietários foram treinados e orientados, inclusive, a reduzir os preços.
Mas os problemas com afogamento começam cedo e aumentam a partir das 14h quando muita gente já está embriagada e não se segura na correnteza do Rio Preto, agora no período da vazante.
“Chegam a 30 por domingo”, diz Marcos.
Neste domingo (7), por volta das 11h, os salva-vidas já haviam resgatado 15 pessoas. E até o final da tarde, o número havia dobrado.
“Eu escorreguei e quando vi estava me afogando”, disse uma das vítimas, identificada apenas por Pedro, que admitiu ter consumido bebida alcoólica.
Ao defender uma maior ação dos órgãos de fiscalização do trânsito em relação ao consumo de bebida alcoólica, o secretário Marcos Souza, promete também intensificar as campanhas realizadas pela Prefeitura.
“Papa-defuntos”
O motorista cearense radicado em Rio Preto da Eva, Caetano da Silva, 61, conta que há seis anos chegou a levar 30 cadáveres de afogados do município para Manaus no período de um ano, logo que inauguraram o balneário.
Na época, o lugar não tinha a atenção que tem hoje, em relação aos afogamentos.
“Morria gente afogada toda semana. Hoje, a equipe de salva-vidas é muito boa e muito atenta a qualquer situação, mas nem sempre foi assim. O importante, nos casos de afogamentos, é a atitude dos salva-vidas e a gente vê que os que trabalham no rio têm isso. Não se pode perder tempo. Quando não tinha esse pessoal treinado, morreu muita gente nesse rio, tanto que houve um tempo em que o Ministério Público ameaçou proibir o funcionamento dele na cidade. Felizmente, agora isso é passado”, salienta.
Campeão de salvamentos
Herói de muitos salvamentos, mas também de achar corpos desaparecidos nas águas escuras do Rio Preto da Eva, o salva-vidas Roberto Carlos Gomes da Frota, 42, o “Bertinho”, tem uma longa e memorável folha de serviços prestados aos banhistas do principal balneário do Rio Preto.
Antes das campanhas realizadas pela Prefeitura, ele chegou a socorrer mais de 100 pessoas em um final de semana.
Recentemente, para salvar duas mulheres, teve que usar da experiência para não morrer com elas.
“As duas me seguraram de tal forma que eu não conseguia ajudá-las, então, afundei para elas me soltarem e conseguir socorrê-las”, disse ele, que já resgatou corpos dados como perdidos por mergulhadores do Corpo de Bombeiros.
Para tentar encontrar uma vítima, Bertinho tem uma habilidade. Vai ao local e deixa-se levar pela correnteza.
“Assim, vou pelos locais por onde a vítima passou”, conta ele, natural do Ceará e há quase 30 anos morando em Rio Preto.
Ali, aprendeu a nadar e a salvar vidas e dá sempre um conselho: água não tem cabelo.
Mas aos que esquecem disso, podem contar com a presteza dele, que nem tem tanto cabelo assim.
Há informações de que Bertinho recebe R$ 200, pelos serviços prestados.
Estatísticas
Um total de 3,6 mil resgates de afogados foram registrados pela Prefeitura nos 30 meses da atual administração.
De janeiro a julho deste ano, foram registrados cinco acidentes de carro, com três óbitos.

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