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terça-feira, 1 de junho de 2010

Experiência social do Grupo de Jovens

A experiência de vida em grupo parece ser inerente à condição humana. Para o bem ou para o mal, a humanidade só é o que é por conta da vivência em grupo. É esta vida grupal que nos torna seres sociais, pois nos possibilita ao mesmo tempo experimentar os sentimentos de igualdade e diferença. A ação desenvolvida está pautada na forma como este grupo se identifica e concebe as questões sociais que o atravessam.

Há grupos abertos e fechados, democráticos e autoritários, anarquistas e nazistas... A experiência em grupo por si só não significa que seus integrantes terão uma ação mais ou menos solidária ou tolerante entre si ou com membros de outras comunidades ou grupos. A participação mais ativa em um grupo é orientada por certa visão de mundo (guiada por posicionamentos políticos, sociais, ideológicos, religiosos, etc.) que este grupo assume. De acordo com esta visão de mundo assumida, os sentimentos de igualdade e diferença experimentados por seus membros podem tomar variados significados.

Ao ter contato com um grupo, uma pessoa, obviamente, encontra outras pessoas com rostos diferentes, idéias diferentes das suas. Ou seja, internamente, há uma série de diferenças entre os integrantes de um mesmo grupo que, para quem participa, torna-se evidente. No entanto, externamente, na relação com outras pessoas que não pertencem ao grupo, há um sentimento de igualdade entre seus pares, tanto para quem a ele pertence, como para quem observa de fora.

Porém a igualdade pode ser concebida como hipervalorização do grupo, pois o encontro com o diferente experimentado na vivência grupal pode fortalecer uma dicotomia (divisão de conceitos) entre nós e eles. Por outro lado, se esta orientação apontar para outro rumo, a igualdade pode se transformar em desejo de justiça e solidariedade social, e a relação com o outro no grupo criar um sentimento altruísta de respeito e tolerância à diversidade.

A Pastoral da Juventude

O desafio de se desenvolver ações em grupo faz com que os jovens experimentem a vida social a partir das suas contradições, mas também a partir das suas potencialidades de transformação. O tempo em que um grupo de jovens se mantém na ativa é correspondente à sua capacidade de encontrar respostas criativas para os dilemas que se colocam no cotidiano da vida grupal e social.

A ação da Pastoral da Juventude (PJ) revela-se em uma organização de jovens que tem por eixo central de sua ação o trabalho desenvolvido pelos grupos de base. As lideranças da PJ, em geral, iniciam sua militância no grupo de jovens e lá experimentam esses dilemas.

Enquanto a PJ continuar a se orientar por um referencial identitário de uma Igreja libertadora, que faz opção preferencial pelos pobres e aposta numa estrutura horizontal de participação social e eclesial, o grupo de base continuará a ser instrumento de resistência e anúncio de uma nova sociedade possível. A PJ continuará a formar pessoas autônomas, críticas e solidárias na medida em que permanecer assumindo sua vocação pastoral de contribuir com a formação de profetas e profetizas de um novo céu e uma nova terra.

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Renato Souza de Almeida (Coordenador do Instituto Paulista de Juventude IPJ)

ESPIRITUALIDADE, PASTORAL DA JUVENTUDE

Questões para debate

  1. A busca de convivência em grupo pode ser uma forma de superar o individualismo? De que forma?
  2. Entre nós constatamos que os jovens procuram seus iguais nos grupos? Que beneficio isso traz?
  3. Em tempos de grandes mudanças, quais são os principais desafios da nossa Juventude?

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