HISTÓRIA
ASPECTOS HISTÓRICOS
Em meados dos anos 60, o Governo do Estado do Amazonas, através do DER/AM deu início aos trabalhos de topografia e desmatamento da estrada de rodagem (trabalhos esses utilizando recursos manuais – machados, terçados e foices), para que o Município de Manaus pudesse ter acesso ao Município de Itacoatiara através de rodovia, o que até o momento só era possível por hidrovia.
Com a notícia da abertura dessa rodovia, algumas famílias se interessaram em adquirir terras nas margens da mesma e começaram a se deslocar de Comunidades Ribeirinhas próximas como Rubim e Tiririca e até mesmo de Manaus em busca de melhorias de vida através da agricultura, originando naturalmente uma colônia.
Em 12 de Abril de 1961, a colônia foi elevada à categoria de Município, sob o governo do professor Gilberto Mestrinho, com o nome de EVA, com sede em um sítio do mesmo nome, às margens do Rio Grande. No ano de 1962, os trabalhos de terraplenagem da rodovia em construção alcançaram 80 quilômetros de extensão e foram temporariamente suspensos, em função de um grande rio de águas escuras que impedia a passagem para a continuação das obras.
Foram montados no local, acampamentos para as empresas do DER/AM e ECI (Companhia responsável pelo asfaltamento da rodovia).
Foi trazido de Manaus, através dos rios Amazonas, Paraná da Eva e Rio Grande, uma balsa de ferro para ser utilizada na travessia de pessoas, máquinas, alimentação e materiais. José Furtado Viana, um dos pioneiros do atual município (chegou ao local em 1º janeiro de 1960), foi responsável pela manutenção e movimentação da balsa de 1962 a 1964.
Balsa de ferro - Rio Preto da Eva (1964)
No decorrer desses acontecimentos, mais famílias foram se deslocando para povoar definitivamente o local, aumentando cada vez mais o número de habitantes. Com o crescimento da população, foi criada através da Secretaria Estadual de Produção Rural (SEPROR) a Colônia Agrícola do Rio Preto (CARP), que beneficiou os colonos locais tanto na divisão de seus lotes de terra como na produção agrícola.
Em 04 de junho de 1964, o atual governador do estado, senhor Artur César Ferreira Reis extinguiu o Município de Eva.
No governo estadual do senhor Danilo Duarte de Matos Areosa, foi construída uma ponte de madeira para que a travessia do rio fosse feita de forma mais rápida em função do desenvolvimento da rodovia e do aumento de seu tráfego. A colônia, já com um total de sessenta famílias, praticava a agricultura de subsistência e produzia farinha, feijão, arroz, milho, abacaxi, cupuaçu e cana.
Com o aumento da produção, a SEPROR colocou à disposição dos colonos, um caminhão que transportava os seus produtos às sextas-feiras para Manaus, onde eram vendidos na Feira do Produtor e trazia-os de volta aos sábados. Neste período destacou-se, a nível de estado, a produção de farinha de mandioca.
Em 1967, vindos do nordeste, chegou à colônia os irmãos João e Francisco Alves da Costa, com o objetivo de implantar na colônia a Fundação Kennedy, uma entidade educacional filantrópica que funcionava com o ensino primário. Francisco Alves da Costa foi o primeiro professor a dar aulas na colônia e iniciou por conta própria para os adultos das proximidades.
Em 1968 iniciou-se, com recursos do governo federal, a construção de uma ponte de concreto, que concluída em 1969 substituiu a ponte de madeira desviando o leito do rio.
Os padres Italianos do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras - PIME, sob a responsabilidade da Arquidiocese de Manaus realizavam as primeiras missas na colônia, ocasião em que o governador da época sugeriu que se construísse uma Casa de Oração - Centro Ecumênico Igreja de Cavaco, cuja planta foi feita pelo arquiteto Severiano Porto. O início da obra ficou sob a responsabilidade do senhor Luciano Batista Martins. Técnico da Secretaria de Produção Rural (SEPROR/AM) e Coordenador da colônia, que em forma de mutirão, utilizou mão-de-obra e madeira local chegando a envolver 150 pessoas de uma só vez para transportar, nos ombros, por oito quilômetros de estrada, uma única peça de aquariquara, utilizada na linha central do teto da Casa de Oração.
Centro Ecumênico Igreja de Cavaco. (final dos anos 70)
De 1964 a 1981, Rio Preto da Eva se desenvolveu como colônia e, em 10 de dezembro de 1981, elevou-se a categoria de município pela segunda vez, com o nome de Rio Preto da Eva. Esse nome veio em homenagem às águas escuras do rio que banha a localidade e desemboca no Paraná da Eva (primeira habitante de tal Paraná). A data do aniversario do Município de Rio Preto da Eva foi mudada para o dia 31 de março.
Fonte: Internet